Espetáculo músico-teatral [sem palavras]
HUMORADO | INVENTIVO | SIMPLES | LIBERTO | EMOTIVO | GENUÍNO
Um dueto em viagem num veículo surpreendente! Uma dramaturgia mágica, humorada e emocionante.
Uma andança divertida e comovente onde, da forma mais inusitada e virtuosa, surgem sons e melodias que são paisagens sonoras criadas pela xecução musical de instrumentos inventados e construídos [mais de uma dezena] especialmente para esta criação artística.
Sem palavras, ou melhor, com a palavra escondida simbolicamente nos silêncios, sons, gestos, melodias e atitudes teatrais dos intérpretes.
André CARdoso e Miguel CARdoso, companheiros de aventura, músicos, cruzam-se nos palcos há mais de uma dezena de anos. Desde então, descobrem que irão estar ligados por muitos quilómetros e horas de trabalho, atuando, ensaiando e criando em conjunto. Alguns destes trilhos, tiveram a ACERT como domicílio emotivo. São cerca de duas dezenas os projetos artísticos em que participam, maioritariamente musicais, deste o folk e jazz ao universo da música clássica e erudita. Do humor, como companheiro nos incontáveis itinerários artísticos, nasceu a vontade de criar um espetáculo, coroando uma estima e ideias comuns. Car12, A Grande Viagem conjuga humor com música e teatro, viajando por instrumentos não convencionais especialmente construídos para produzirem sonoridades inesperadas e mágicas.
DOIS VULCÕES QUE HABITAM O PALCO.
Dois geniais criativos que, tendo a música como especialidade, surpreenderam pela capacidade de descobrirem o teatro que tinham a borbulhar desde há muito, muito tempo.
A preparação do espetáculo revelou uma entrega alucinante com a genica de cientistas loucos.
Este duo trabalhou incansavelmente para criar esta joia. Como filigrana, cada objeto cénico/instrumento foi engenhosamente fabricado com a precisão dum relógio.
Nem uma única palavra é dita, deixando que cada gesto, som, atitude e relação possuam um dom que permita que cada espetador escreva no seu
livro afetivo, a história de dois artistas que, em tempos tão sombrios, estendem a mão, não para esmolar, mas para que, de uma vez por todas, a sociedade reconheça a importância da cultura e das artes numa sociedade que não quer perder o direito de sonhar e ser feliz.
José Rui Martins